11.3.11

Portugal, a Geração à Rasca e a Crise

Neste texto pretendo apresentar a minha visão sobre como um curso não é garantia de emprego, a relação entre a "geração à rasca" e a precariedade e outro ponto de vista sobre os Homens da Luta.

Antes de continuar o alguns pontos relevantes sobre mim:
- tenho 27 anos
- sou empreendedor
- não pertenço a nenhum partido político nem religião porque não apoio a divisão é promovida por estas organizações
- não voto porque não acredito neste sistema

a) Direito ao Emprego

Desde quando é que o emprego é um direito? O emprego só existe porque existem empresas. E estas só existem porque há pessoas (clientes ou consumidores) que estão dispostas a trocar dinheiro por serviços ou produtos. Este negócio só acontece quando os clientes verificam que o preço que pagam é menor ou igual ao valor que recebem.
Da mesma forma, o emprego não é um direito. O emprego existe quando há mercado suficiente para justificar o investimento associado a ter um colaborador e quando o valor que este entrega é superior ao seu custo fixo.

Se fazem uma manifestação pelo direito ao emprego, eu convoco todos os empreendedores a fazerem uma manifestação pelo direito aos clientes e consumidores!

b) Precariedade

Antes de analisarmos esta questão é relevante perceber e analisar o contexto empresarial Português.

Segundo o INE (2008), existem em Portugal 1.096.255 empresas. 1.089.221 (99,3%) representam micro, pequenas e médias empresas. A juntar a este cenário temos também a competitividade dos mercados globais onde países como a China, usam a desvalorização da moeda, trabalho (este sim) realmente escravo  e um desrespeito generalizado pela dignidade humana para conseguirem crescer economicamente.

Neste cenário, a precariedade é uma realidade. Isto pode ser uma notícia chocante mas o velho racional do emprego estável para a vida inteira acabou! Querem obrigar 99% do tecido empresarial a acabar com os recibos verdes, fazer contractos e a aumentar os seus custos fixos de forma insustentável?

A era industrial acabou! Os trabalhos "mão-de-obra" intensivos estão a ser realizados por outros países. Nós temos de inovar ou morrer! Estão à espera que o Governos milagrosamente vos dê um emprego só porque têm um curso? Se isto é o melhor que conseguem, a geração "casinha-dos-pais" é bom que fique mesmo pela casinha dos pais enquanto os outros trabalham duro para fazer com que o país siga em frente!

Um curso não é sinónimo de emprego. O que é sinónimo de emprego é conseguirem transformar o vosso conhecimento em valor que possa ser capitalizado!

Para terminar o tema da precariedade, gostaria de partilhar dois factos para ponderarmos:
i) metade da população mundial vive com $2.5 por dia
ii) segundo a Unicef, 22.000 crianças morrem por dia de fome

c) "Homens da Luta" - a outra visão

Os "Homens da Luta" são muito acarinhados pela auto intitulada "geração à rasca" porque representam na perfeição a sua atitude. A luta pelo fim da precariedade e das desigualdades é concretizado através da partilha dos célebres tachos donde comem os "privilegiados" e os "lobbies".

Enquanto que a verdadeira luta que culminou no 25 de Abril tinha como objectivo a Liberdade, esta nova "luta" tem como objectivo "comprar um carro novo, pá!"

Esta geração acha que tem direito a tudo e que tudo "cai do céu" porque o governo andou na escola de Hogwarts com o Harry Potter e vai fazer com que todos tenhamos emprego, casa e carro! Fantástico. A classe politica dos últimos anos também andou na mesma escola e pensou que o crédito era o feitiço eterno para os nossos problemas. Estamos a pagar esse erro agora.

CONCLUSÃO

Este tipo de manifestações fazem lembrar as birras que algumas crianças fazem quando os pais não lhes dão aquilo que querem... Por isso chorem. Gritem. Queixem-se muito.

Enquanto uns sonham que o sucesso cai do céu... outros trabalham diariamente para o atingir.

A nossa História prova que, unidos, sempre fomos capazes de ultrapassar grandes desafios através da nossa capacidade de inovar. Enquanto uns choravam, gritavam e queixavam-se outros faziam-se ao mar na descoberta do novo Mundo.

Hoje estamos novamente a passar por um momento histórico. Um momento de enormes dificuldades.
Hoje temos uma decisão importante a tomar: queixar-mo-nos dos problemas ou fazer algo produtivo para sairmos deles.

Pista: ninguém nos vai tirar desta trapalhada por nós.

Esta mensagem é para os que têm a coragem de lutar contra tudo e fazer com que todos tenhamos a esperança da vinda de dias melhores.

Be a part of our private list!

Enter your e-mail and access The Rabbit Way's exclusive offers.

Enter your Email


Preview | Powered by FeedBlitz

Or read this related articles



Widget by Hoctro | Jack Book

No comments:

Post a Comment